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Pneus podem ser base de muros de contenção em encostas no país

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Após 17 mil obras residenciais em 10 anos, setor desacelera em Piracicaba

A expansão imobiliária em Piracicaba (SP) contabilizou 16.992 novas unidades residenciais entre janeiro de 2004 e abril de 2014, conforme dados de vistos de conclusão de obras expedidos no período pela Secretaria Municipal de Obras. Apesar da atividade intensa nos últimos anos, o setor começa a constatar desaceleração do mercado de novas construções. O desemprego é uma das consequências, segundo sindicato e construtoras.

Segundo números do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba (Ipplap), a quantidade de vistos de conclusão de obras residenciais tem diminuído nos últimos três anos. De 2.107 registrados em 2011, o montante passou para 1.701 em 2010 e 1.531 no ano passado. De janeiro a abril de 2014 a prefeitura oficializou 747 residências finalizadas no município, mas o "ritmo alucinado" de novas obras reduziu muito, cerca de 50%, segundo o presidente da Associação das Construtoras de Piracicaba (Ascopi), Ricardo Kraide.

"É visível. Até o ano passado, tinha loteamento em que a gente via começar duas ou até três casas por semana. Agora começa uma residência por mês e olhe lá", afirmou. O impacto já chegou ao número de empregos. As construtoras da cidade que empregavam cerca de 11 mil trabalhadores formais, atualmente têm 8 mil empregados.

"A mão de obra que estava faltando antes e que motivou a gente a criar meios de capacitação agora começou a sobrar. As empresas tinham que correr atrás dos trabalhadores. Isso já se inverteu um pouco", disse Kraide. Segundo ele, a atividade ainda só não esfriou no ramo das construções de baixo custo, como as do programa federal Minha Casa Minha Vida.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Piracicaba, Milton Costa, disse que, após o "boom" da expansão imobiliária na cidade, o que gerou falta de mão de obra especializada e também problemas de irregularidades nas obras, o fechamento de postos de trabalho passa a ser a preocupação com a desaceleração do setor.

"Há uma previsão de que teremos um período ruim, sem novos investimentos na construção. Já sentimos um pouco desse impacto e até mesmo a negociação do reajuste salarial com as construtoras foi difícil, não conseguimos uma margem muito boa, ficamos com 7,32%", afirmou Costa.

Copa e eleições
Para o presidente da Ascopi, o setor só deve reaquecer a partir de 2015. Ele disse acreditar que a "empolgação" com a Copa do Mundo influencia no mercado porque tira um pouco do foco das pessoas para novas aquisições. Além disso, Kraide afirmou que, em anos de eleição presidencial, é normal que grandes investidores do setor fiquem mais cautelosos até o início do governo seguinte. Já o sindicalista Milton Costa disse que o valor "muito alto" dos imóveis tem causado a menor procura, o que gera um impacto negativo no setor.

Preços
O diretor regional do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), Angelo Frias Neto, disse em entrevista em abril que os valores dos imóveis devem subir de forma mais contida em Piracicaba. "Exceto pelo desenvolvimento diferenciado de alguma região específica, os preços devem ser atualizados, a partir de agora, em percentuais mais próximos aos da inflação, diferentemente da grande valorização que ocorreu nos últimos anos em Piracicaba", afirmou.

Da Redação, G1.

Fonte: Obra 24 Horas 

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