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Pneus podem ser base de muros de contenção em encostas no país

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Maringá tem Fábrica Verde

Segundo um dos principais consultores em construção sustentável do mundo, Jerry Yudelson, chamado pela revista de tecnologia americana Wired de 'O Poderoso Chefão Verde', "edifício verde é tsunami do futuro que irá inundar todo o setor imobiliário". No Brasil, fábricas já perceberam essa tendência que, além de gerar economia, reduzem impacto ao meio ambiente. Uma delas coloca Maringá no cenário nacional.

A fábrica da Coca-Cola Femsa Brasil de Maringá, que foi ampliada pela Plaenge Industrial (Emisa Plaenge), é a primeira planta de refrigerantes do Brasil a se obter a certificação de sustentabilidade LEED® (Leadership in Energy and Environmental Design ou Liderança em Energia e Design Ambiental). A cerimônia de entrega da certificação foi realizada no dia 28 de novembro, e contou com a presença de dirigentes da empresa, da certificadora, do prefeito Carlos Roberto Pupin, entre outros.

Representado oficialmente pelo GBC (Green Building Council) Brasil – Conselho de Construção Sustentável do Brasil, o selo, emitido em mais de 130 países, é considerado a principal certificação de construção sustentável para os empreendimentos do Brasil.

A Coca-Cola Femsa Brasil tem 16 fábricas no país. Segundo o presidente da empresa, José Ramón Martínez, a unidade de Maringá foi escolhida para esse tipo de construção pelo fato de o Sul do País e a cidade já apresentarem boas práticas em sustentabilidade. Ele acredita que essa iniciativa deverá movimentar o mercado imobiliário em diversos setores, que visam às vantagens de uma construção sustentável.

A construção, que custou R$ 150 milhões, permite que haja altos índices de economia de água e energia, além de eficiência produtiva. Foram utilizados materiais recicláveis, comprados num raio de até 800 quilômetros da obra, reduzindo assim os gastos e poluição com transporte, e madeira com selo FSC de manejo responsável. Existe ainda captação de água da chuva, telhado verde, 39% de área verde e bicicletário. Têm direito a vagas especiais carros de baixa emissão, carros utilizados para carona solidária e os que têm proteção da radiação solar nas janelas. Uma parceria com empresa de transporte público também incentiva funcionários a irem trabalhar de ônibus.

A economia de energia gerada é capaz de abastecer 2,7 mil casas durante um ano, equivalente a uma pequena cidade com 10 mil habitantes. A redução total é de 21%, 5.400.000 kWh, o que em termos financeiros representa R$ 1,1 milhões a menos por ano na conta de energia da fábrica.

A energia é poupada com a adoção de diversas práticas: o telhado verde, de 1,5 metros quadrados, ajuda a manter a temperatura interna dos ambientes reduzida, assim como os telhados brancos, evitando o uso de ar-condicionado, há telhas transparentes para a entrada de luz, lâmpadas eficientes, sensores de presença, placas solares, entre outros.

Já a economia de água chega a 26,8 milhões de litros por ano ano. O paisagismo é adaptado, sem irrigação, há piso permeável, sistema de captação de água de chuva, reuso, entre outros recursos, como as torneiras eficientes.

A fábrica de Maringá, quando foi concebida já havia adotado de forma pioneira, no grupo, o uso do forno Ecoven, a primeira a utilizar tecnologia de redução da pressão de sopro e também a adotar o sistema de recuperação de calor do CO2.

O vice-presidente de assuntos corporativos da Coca-Cola Femsa Brasil, Eduardo Lacerda, explica que a certificação LEED da fábrica de Maringá reforça o compromisso do grupo em buscar soluções sustentáveis e eficientes dentro do processo industrial. "Essa conquista reafirma o compromisso que temos com o nosso planeta e nossa comunidade, além de nos mover a buscar inovadores processos que nos levam a gerar transformação social e econômica positiva nas comunidades onde atuamos", afirma.

O diretor do GBC Brasil, Felipe Faria, acredita que a certificação da fábrica é mais um passo no movimento de empresas em busca da construção sustentável. "A unidade de Maringá tem sido referência no segmento de sustentabilidade e o Green Building Council Brasil espera que outras lideranças sigam seu exemplo e exalta a capacidade dos profissionais envolvidos no projeto".

Um dos fundadores do GBC Brasil, Guido Petinelli, explica que hoje as construções verdes têm custado em média 5% mais que as construções comuns. No entanto, "não é necessário pagar mais caro por uma construção sustentável. Já é possível construir pelo mesmo custo, o que não justifica mais construir de maneira não-sustentável".


Diferenciais


- Edifício da portaria/vestiário está entre os mais eficientes do país (de todos os edifícios certificados LEED NC 2009 no Brasil, está entre os 4% melhores). É o mais eficiente do Paraná (em termos de pontuação LEED)

- Redução de consumo elétrico pelo sistema de ar-condicionado foi de 60%
- Redução de consumo elétrico pelo sistema de iluminação foi de 52%

Da Redação, original odiario.com


Fonte: Obra24horas

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