A poluição atmosférica é um problema dos grandes centros urbanos,
capaz de transformar as paisagens e ocasionar problemas de saúde na
população. A gravidade se reflete em dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS): eles apontam que, em todo o mundo, 8 milhões de pessoas
morrem por ano em decorrência dos poluentes presentes no ar.
A cidade de São Paulo está entre os dez lugares com maior poluição do
ar, ocupando a 6ª posição, sendo que a fonte de 92% são os automóveis,
emissores de dióxidos de nitrogênio (NOx) por meio da combustão. O Rio
de Janeiro é outra metrópole brasileira na qual o mesmo problema é
bastante visível.
Mas, a boa notícia é que a engenharia civil e a arquitetura urbana
podem ajudar a melhorar esse quadro preocupante, com uma tecnologia
inovadora, capaz de transformar os poluentes provenientes da combustão
de veículos em adubo, ao optarem por revestimentos e pisos fabricados
com materiais fotocalíticos.
Pavimentação com tecnologia DeNOx, aplicada na Rua 7 de abril, em São Paulo (Foto: Alessandro Grutz)
Denominado DeNOx, o sistema está presente no Brasil, nos produtos
fabricados por uma marca especializada em pisos e revestimentos de
concreto arquitetônico. Com a incidência dos raios ultravioletas e a
umidade do ar, a ação fotocatalisadora acontece por meio do dióxido de
titânio, que transforma os NOx em nitrato.
Quando os revestimentos são lavados, ou mesmo com a água da chuva, o
nitrato escoa até a área verde mais próxima, onde servirá de adubo para
as vegetações. Assim, o DeNOx auxilia na redução dos poluentes locais em
até 40%, além de possuir outras vantagens, como propriedades
bactericidas e degradação de manchas orgânicas.
No Brasil, a capital paulista recebeu a primeira obra pública com
tecnologia DeNOx. Trata-se da Rua 7 de abril, na região central da
cidade, que foi pavimentada com materiais fotocatalíticos. Em
outros espaços públicos do mundo, revestimentos com esse sistema
inovador podem ser vistos no Aeroporto de Malpensa, na Itália, e no
Hospital Manuel Gea Gonzales, no México.
Fonte: Ciclo Vivo
Via: Blog da Engenharia
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