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O que é RAA: A reação álcali-agregado


Reação álcali-agregado são óxidos de potássio e de sódio (K2O + NA2O), uma reação deletéria, com sigla de RAA.


Vem sendo estudada desde 1940, por STANTON, quando realizou o primeiro estudo na Califórnia, e concluiu que as fissuras e expansões no concreto eram originadas pelos hidróxidos-alcalinos (cimento, da água de amassamento, de aditivos químicos, de adições pozolânicas, alguns tipos de minerais presentes nos agregados, entre outros). 
O cimento e seus agregados, em presença de umidade, a reação RAA, se expande, gera fissuras, deslocamentos e podem levar a um comprometimento das estruturas de concreto.



Reação álcali-agregado no Brasil


ANDRIOLO (2000) relata os casos de barragens afetadas pela reação álcali-agregado no Brasil. O primeiro caso de reação álcali-agregado observado no país foi o da barragem de Jupiá em Três Lagoas-MS.


Em 2005 houve também o desabamento do Edifício Areia Branca, em Jaboatão dos Guararapes (região metropolitana de Recife-PE), ocorrido no dia 14 de outubro de 2004, cuja causa provém da degradação dos materiais das peças de fundação, em virtude do contato com agentes agressivos e água subterrânea provenientes de sumidouros que provocaram a reação.
Essa reação lenta e com um quadro irreversível, expande fissuras no concreto, com ou sem gel, diminui a resistência do concreto e causa a consequente ruptura da estrutura.
O tempo necessário para localizar essa reação depende de vários fatores, destacando-se o tipo de proporção dos agregados, o teor de álcalis do cimento, a composição do gel, a temperatura e a umidade. Hensen, em 1944, explicou que a expansão e a ocorrência do gel é pressão osmótica. Em 1981, PAULON disse que a pressão hidráulica causava expansão e ruptura do concreto.


A classificação do RAA



Reação Álcali-Sílica (RAS): no Brasil, é a reação que mais vemos nas construções. A sílica amorfa está presente em agregados como opala, calcedônia, cristobalita, tridimita, certos tipos de vidros naturais (vulcânicos) e artificiais, e o quartzo.
A sílica reage íons hidroxila com os álcalis sódio e potássio, formando um gel sílico-alcalino, que começa a absorver água e a se expandir, sendo assim, o volume dessa reação aumenta e e causa fissuras.

 Reação Álcali-Silicato (RASS): Reação lenta, em concentração maior em barragens e em blocos de fundações. É a reação mais comum no Brasil,devido a utilização de quartzito, e Gnaisse (uma rocha de origem metamórfica, resultante da deformação de sedimentos arcósicos ou de granitos). 
É uma reação que está basicamente relacionada à presença de quartzo tensionado, quartzo microcristalino a criptocristalino e minerais expansivos do grupo dos filossilicatos, um gel sílico-alcalino, causa a expansão da estrutura, causando fissuras, e consequentes rupturas drásticas.
Reação Álcali-Carbonato (RAC): é a mais rara de todas e acontece quando certos calcários dolomíticos são usados como agregado em concreto e são atacados pelos álcalis do cimento, originando uma reação denominada dolomitização.
Trata-se de uma reação bem complexa, cujas conseqüências são bem mais graves, mas ainda existem várias divergências sobre o provável mecanismo da reação.

Na reação álcali-carbonato diferentemente das demais não é formado gel expansivo; ocorre a expansão do mineral Brucita (Mg(OH)2). Além disso, também há a formação de carbonatos cálcicos e silicato magnesiano.

Tipos de recuperação do RAA

Recuperações, por mais que tenha um custo elevado, são feitas com alguns produtos já disponíveis no mercado:
  • Selamento, com fissuras úmidas: são mais usados o poliuretano e o microcimento.
  • Selamento, com fissuras secas: são mais usados o poliuretano, microcimento e o epóxi. 
  • Nas construções estruturais, com fissuras úmidas: são mais usado o microcimento.
  • Nas construções estruturais, com fissuras secas: são mais usados o microcimento e o epóxi.
Microcimentos, os mais utilizados, conseguem distribuir as tenções em uma estrutura, com momento fletor, que tem por qualidades resistência e elasticidade.
Lítio é um elemento químico de símbolo Li, número atômico 3 e massa atômica 7, contendo 3 prótons e 3 elétrons, está sendo usado para experimentos, com enfase na diminuição da reação em estruturas, estudos estão sendo realizados.

Fonte: Comitê de Especialistas do Ibracon para Reações Expansivas em Estruturas de Concreto/2º semestre de 2005.

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