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Como integrar o mundo físico ao virtual? O que isso tem a ver com realidade aumentada?

A medida que nossas tecnologias evoluem, mais e mais existências do mundo físico serão representadas por programas de computador que as espelham. São os chamados Smart Objects, que representam o físico na forma de serviços conectados via Internet. Os serviços representantes “vendem” o que o físico é capaz de fazer. Eles estabelecem contratos com outros serviços que demandam dados advindos do físico ou controles que devem acionar dispositivos reais. Outro conceito muito próximo aos Smart Objects são os Digital Twins: Réplicas Digitais de existências físicas. Tudo o que é físico será exposto, representado e/ou espelhado no mundo virtual.

Realidade virtual e mista são relacionadas a esses conceitos e também participam da integração físico/virtual. A convergência entre Gêmeos Digitais e Realidade Aumentada está na sua infância. No futuro, nossos representantes de software, assistentes com Inteligência Artificial, irão nos ajudar a mudar o físico ao nosso gosto/necessidade, melhorando a qualidade de vida, compartilhando o que não esteja sendo usado em um dado momento (conforme políticas) e reduzindo impactos ambientais. Os Gêmeos Digitais irão trazer o estado do mundo físico ao mundo virtual, criando uma imagem fidedigna do físico, de forma que outros serviços possam agregar informações virtuais a essa representação. Nesse contexto, a Internet das Coisas é a porta de entrada e saída para o mundo virtual. O advento do mercado das coisas e de dados está acontecendo nesse exato momento.
Nesse mundo de novas realidades, a grande commodity serão os dados. Eles alimentam o processo que determina tendências (data analytics), embasando o processo decisório. Novos modelos de uso dos dados estão sendo criados. Em um deles, os usuários trocam privacidade por benefícios. Um exemplo é o Projeto Kasita, na qual uma casa modular é equipada com muitos sensores, atuadores, plataforma de IoT e Inteligência Artificial. Vou usar esse projeto como exemplo para ilustrar várias ideias desse artigo. Um modelo de negócio proposto é que no futuro as pessoas não paguem para morar na casa, mas sim ofereceram todos os seus dados (todos mesmo) como pagamento, tal qual no Big Brother. A casa conecta desde luzes até os alto-falantes, do termostato ao ventilador suspenso, detector de fumaça/monóxido de carbono, câmera de segurança, dentre outros. Atualmente, o preço de cada casa é US$ 150k. A casa é construída sobre demanda em 7 semanas.
Alguns proprietários estão alugando a casa pelo Airbnb. No futuro, casas como essa poderão conter representantes virtuais para cada dispositivo, alimentando um ecossistema de serviços conectados, incluindo interação com o Assistente Virtual do morador, facilitando a tomada de decisão. Ainda, informações advindas de serviços poderão somar uma camada de realidade aumentada que cobre as coisas físicas da casa. O gasto médio de um eletrodoméstico poderia aparecer próximo ao mesmo como um tag de realidade aumentada. Uma versão virtual da casa poderia ser disponibilidade em realidade virtual, para que o morador possa a distância visualizar o estado da mesma. Os dados coletados com consentimento dos moradores, alimentariam uma base de dados fantástica para os mais diversos segmentos da indústria e serviços. A partir dessa base de dados, novos produtos e serviços poderiam ser projetados, tendências determinadas com precisão. Por exemplo, tempo médio que as pessoas ficam em cada cômodo, tempo médio de uso de cada appliance, dentre muitos outros.

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