Para viabilizar retrofit, mãos francesas escondidas em parede dão lugar a viga metálica dupla em edifício carioca
Demolição de divisórias para ampliar layout de edifício corporativo revelou existência de elementos estruturais de suporte à caixa d'água:
RESUMO DA OBRA
Edifício Cardeal Leme
Localização: Rio de Janeiro
Retrofit: Ciprol Engenharia
Projeto arquitetônico: Rio Arquitetura
Projeto estrutural da substituição das mãos-francesas: Projest Consultoria e Projetos
Execução da substituição estrutural: Pateantelo Consultoria e Construção
Edifício Cardeal Leme
Localização: Rio de Janeiro
Retrofit: Ciprol Engenharia
Projeto arquitetônico: Rio Arquitetura
Projeto estrutural da substituição das mãos-francesas: Projest Consultoria e Projetos
Execução da substituição estrutural: Pateantelo Consultoria e Construção
A existência de duas mãos-francesas em concreto no
último pavimento, com a finalidade de suportar a caixa d’água
imediatamente acima delas, impossibilitava a obtenção de um layout livre
de interferências, conforme previa o projeto do retrofit. Após a
montagem da viga metálica, as mãos-francesas foram demolidas, liberando o
pavimento para o layout desejado
Um dos edifícios mais antigos e conhecidos do Centro do Rio de
Janeiro, o edifício Cardeal Leme foi construído na década de 1940 e está
atualmente passando por um intenso processo de retrofit. A finalidade,
conforme explica o engenheiro Marcelo Lopes, da Ciprol Engenharia,
empresa responsável pela execução da obra, é modernizar instalações
conforme as normas atualmente vigentes no País, inclusive as do Corpo de
Bombeiros. Assim, foram instalados sprinklers e sistema de
pressurização para as escadas de incêndio. Além disso, o edifício passou
por reforma total da fachada, tendo ganhado novas esquadrias, e teve o
layout dos andares modernizado, com derrubada de paredes para obtenção
de salões abertos e, portanto, flexíveis para atender às necessidades do
proprietário.
Conforme lembra Lopes, a demolição das paredes foi feita de baixo
para cima – e, assim que os andares foram ficando prontos, já eram
ocupados. Por isso, quando a construtora chegou ao último pavimento, o
21º, deparou-se com um elemento inesperado: duas mãos-francesas
embutidas nas paredes. Com a finalidade de sustentar a carga de
aproximadamente 60 t da caixa d’água posicionada exatamente acima delas,
as mãos-francesas impediriam a obtenção da configuração desejada para o
pavimento. Por isso, precisariam ser derrubadas.
Fonte: Téchne
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