Video of the Day

Pneus podem ser base de muros de contenção em encostas no país

Titulo

Noruegueses utilizam argila queimada impura na fabricação de concreto

O mais recente aliado da indústria do concreto da Noruega, no combate às emissões de gases poluentes, é um material até agora considerado desadequado para integração em argamassas para construção civil. A chamada argila azul da Noruega está a ser utilizada com sucesso em alternativa ao cimento Portland usado na fabricação de concreto estrutural.


Embora as argilas de caulino, abundantes em climas moderados e quentes, sejam usadas há muito tempo na fabricação de concreto, o tipo de argilas impuras, abundantes nos solos de países mais frios como a Noruega, não eram, até agora, consideradas viáveis para integração naquele processo.
A possibilidade de integrar no concreto porcentagens de até 50% deste tipo de argilas está a ser estudada pela Fundação para a Pesquisa Científica e Industrial (SINTEF), sediada em Trondheim, em cooperação com as principais associações e empresas cimenteiras do país.
A fabricação do cimento corrente implica o uso de temperaturas elevadas, que podem alcançar os 1450ºC, no processo de aquecimento do calcário, o que origina a libertação de dióxido de carbono. A libertação de gases poluentes nesta fase representa 60% das emissões totais durante o fabrico do cimento.


Por seu lado a argila queimada não liberta CO2 durante o processo de aquecimento e permite o uso de temperaturas consideravelmente mais baixas, entre 600ºC e 800ºC, durante o processo de transformação.
O uso de argilas impuras, como a argila azul norueguesa, tinha sido até agora considerado impossível na substituição de cimento portland, devido à lenta reatividade dos minerais constituintes daquele material.
O que os investigadores do SINTEF acreditam é que não só é adequada como extremamente vantajosa. Ao contrário das argilas de caulino, a argila azul não necessita de refinamento para poder ser utilizada, podendo ser literalmente escavada do solo e conduzida diretamente aos fornos para aquecimento.
Os engenheiros do SINTEF estão atualmente trabalhando na otimização do processo de tratamento por calor, de forma a obter um material de elevada estabilidade, passível de ser integrado no concreto em porcentagens elevadas do volume total.

Fonte: GEMINI/SINTEF 
Via: (adaptado) Engenharia Civil

Nenhum comentário

Ads

Tecnologia do Blogger.