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Prefeitura de Campinas produzirá tijolo a partir do resíduo de tratamento da água

Parceria envolve o SindusCon-SP e a MRV Engenharia. Blocos serão destinados às partes não estruturais da construção


A Prefeitura Municipal de Campinas assinou na última quinta-feira (30), um acordo para o desenvolvimento do tijolo ecológico, material produzido a partir do lodo, um dos resíduos do tratamento de água. Esses blocos serão destinados às partes não estruturais da construção.
O trabalho deve ser realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP); Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa); MRV Engenharia, Instituto Adventista de Ensino (Unasp) e as secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo e a do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
A ideia do reaproveitamento residual do tratamento de água surgiu há mais de um ano, segundo o diretor da Regional de Campinas do SindusCon-SP, Márcio Benvenutti. A regional será responsável pelo treinamento de profissionais para a fabricação do material. "Ainda vamos estudar como isso será feito. Agora vamos para a fase tecnológica. Depois haverá o treinamento do setor produtivo. A ideia é fazer cooperativas de trabalho para também oferecer empregos formais para a população", disse Benvenutti.
O desenvolvimento tecnológico do material será realizado nos laboratórios da Unasp, para que o controle biológico do lodo chegue o padrão ideal de resistência. O processo também deve contribuir para a redução da extração de argila, utilizada na fabricação de tijolos.

Atualmente, o resíduo de água retirado pela Sanasa é depositado no Aterro Sanitário. Agora, serão feitas pesquisas pela Unasp para definir a proporção adequada de lodo e outras substâncias que farão parte do tijolo ecológico.
A Sanasa gasta R$ 1,2 milhão por mês com a destinação do lodo. O tratamento para a cidade retira do Rio Atibaia cerca de 6,750 toneladas por ano. "Ainda não sabemos quanto desse total será reaproveitado para os tijolos e nem quantos tijolos poderão ser produzidos. Isso tudo ainda faz parte de estudos a serem feito. O importante é que vamos fazer o reuso dos resíduos e baratear os custos da construção civil. Esta é uma parceria que dará um grande passo na questão sustentável", afirma o presidente da Sanasa, Arly de Lara Romêo.
A MRV Engenharia disse que vai utilizar os tijolos ecológicos em suas obras. Segundo o diretor de Produção da MRV, Túlio Pereira Barbosa, os blocos feitos a partir desse processo serão destinados às partes não estruturais das obras. "Vamos adotar o produto não somente nas obras realizadas em Campinas, mas em toda a região", garante.
Fonte: Pini

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